SER ÁGUA
Às vezes sou água transparente
que brota do cio da mata
modesta forma, nascente
que devagar se dilata.
Às vezes sou água espraiada
que passa desavisada
e recebe rejeitos, dejetos
ao cruzar caminhos de concreto.
Às vezes sou rio que desaba
que se acaba na cachoeira
mas se refaz e corre
rio que cai não morre
na ribanceira.
Mas sempre, sempre
sou água do mar
porque o fim de toda água
é se deixar ao vento
e ondular.
Eliana Ruiz Jimenez
Poesia livre - tema água - 5º. lugar
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