quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

IV Concurso de Haicai Kenzo Takemori




 Por entre os arbustos,

a plataforma de ramos.

O ninho da garça.


https://revistaphilos.com/2020/08/05/resultado-do-4o-concurso-de-haicai-de-toledo-kenzo-takemori-2020/

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Contemplação da Lua - Antologia de Haicais








CONTEMPLAÇÃO DA LUA outono de 2016
Organizado por José Marins - Curitiba/PR
E-book: https://drive.google.com/file/d/1xmoosYQxn62w8J1_tshAMO4vWwHkaVZp/view?usp=sharing

domingo, 6 de setembro de 2020

Invernia - Antologia de Haicais









Antologia de Haicais Invernia
Organizada por José Marins - Curitiba/PR

https://pt.slideshare.net/2811953/invernia-haiku-2017

sábado, 18 de abril de 2020

VIII Concurso Literário " Cidade de Maringá"

Tema: Arte


A pedra


Uma pedra no caminho 
igual a do poeta 
rude megálito 
de redondeza pontiaguda. 
A contingência fez saltar 
minhas íntimas certezas 
nada em mim é permanência 
o arco-íris está sempre adiante. 
Retroceder no percurso 
é mergulho no passado 
compêndio inútil de revezes 
que de tempos em tempos 
mordem meu peito. 
Interromper o intento 
é implodir qualquer chance 
de campos de lavanda 
e tulipas ao vento. 
Fazer da pedra uma escultura 
e moldar a passagem com cinzel: 
um tanto de forma 
um pouco de alma 
um toque de céu. 

Da vida, a pedra faz parte 
prostração, maldição 
ou suporte para a arte.

Eliana Jimenez

Vencedora

33º. Festival Poético Cornélio Procópio/ PR

MODOS DE OLHAR: 11/01/2012 - 12/01/2012

Pós-Terror

Bifurcam-se as opiniões
ramificam-se as crenças
fecham-se atrás das fronteiras
os povos.
Ouvidos em desatenção
o outro não mais importa.
Olhos na tecnologia
a voz virou grafismo.
O terror é o gigante Adamastor
da epopeia moderna.
Pessoas-bomba
cidades-fantasma
fracassos urbanos
intolerância.
O homem dá de ombros
e não se dá conta
da conta que terá a pagar.
A natureza fita
espreita
sem pressa.

Depois de tudo
ainda saberá brotar
uma flor diminuta
por entre os escombros.

Eliana Jimenez

33º. Festival Poético Cornélio Procópio/ PR




Acoplamento​


A mesma escultura da ​mocidade
moldada em mulher madura​:​
cabelos mais curtos, mais claros​,​
mais sóis em seu olhar
verde-floresta misteriosa​,​
o sorriso aberto
mais cheio de certezas​,​
as mesmas mãos de carinho fácil.
Talvez haja equívoco em abrir
o velho jarro soterrado
na interseção do tempo.
Mas a razão é beco baldio
diante da curiosidade.
A vida, mariposa ardilosa​,​
​nunca ​havia permitido
o acaso do reencontro.
Astutos astrônomos
planejaram uma conjunção planetária
e no jarro-ânfora aberto
​intacto, o amor de ​juventude
jazia ​conservado pela esperança.
Libertos os bens do mundo​,​
há de queimar-lhes as vísceras
o desejo de mais acoplamentos.
Nos recônditos de uma história​,​
onde o amor não foi protagonista​,​
pungem novas saudades.

Eliana Jimenez

Vencedora